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Em Santa Maria, qual a empresa mais antiga em funcionamento?

data-filename="retriever" style="width: 100%;">É comum falarmos do fechamento de empresas. Ainda mais agora que estamos atravessando a correnteza da pandemia. É frequente, também, enxergarmos placas de "Aluga-se", "Vende-se este ponto" ou algo parecido. São consequências da época. E um estabelecimento, quando encerra suas atividades, leva junto um sonho que foi embalado com carinho e expectativa. É uma semente que foi planejada, semeada e que, por diversos motivos, não vingou. Junto ao término vem o gosto amargo da frustração. Um sabor de derrota sempre difícil de digerir. Por isso, quando temos casos de empresas longevas, entendo como importante exaltarmos as suas existências. É o que pretendo nesse texto.

As organizações com muitos anos de vida, por certo, já enfrentaram todos os tipos de adversidades: crises, planos econômicos, concorrências por vezes desleais, burocracia estatal, roubos e assaltos, insegurança jurídica e por aí vai. Mesmo assim, ao seguirem vivas e atuantes e, principalmente, gerando emprego e renda, servem como exemplos a serem seguidos e que devemos dar o merecido destaque.

Por isso, diante das dificuldades existentes para se manter um negócio em funcionamento, faz algum tempo que tento descobrir qual a empresa mais antiga em atividade ininterrupta em Santa Maria. Para tanto, conversei com algumas pessoas, li e pesquisei um pouco. O que trago aqui não é conclusivo. Nem tenho essa pretensão. É tão somente o resultado do que consegui obter.

Tenho dúvida entre duas lojas. Ambas surgiram na época do apogeu ferroviário e se instalaram na Avenida Rio Branco, local em que o comércio era muito pujante. Uma se mantém até hoje por lá. A outra se espraiou. Uma tem a data de fundação nos seus arquivos. A outra não dispõe com precisão desses dados. Daí a dúvida.

As empresas que me refiro são a Eny Calçados, originalmente chamada de Casas Eny, e a Casa Jacob. A Eny foi fundada em outubro de 1924 e se aproxima dos 100 anos. A Casa Jacob, situada até hoje no mesmo local da Avenida Rio Branco, entre as ruas Ernesto Becker e Manuel Ribas, é dessa época também. Porém, por falta de registros formais, há uma incerteza quanto a data de abertura. Temos outra empresa que surgiu bem antes, porém ficou alguns anos em inatividade. Felizmente retornou há pouco para a alegria dos saudosistas e de quem aprecia bebidas de qualidade: a Cyrilla, fundada em 20 de setembro de 1910.

Essas empresas atravessaram o tempo com uma trajetória de idoneidade e perseverança, trabalho e dedicação. Fazem parte da história da cidade e tem o carinho e o respeito da comunidade. Até onde consegui avançar, são elas que estão há mais tempo trabalhando ininterruptamente. Se alguém souber algo diferente ou puder acrescentar dados sobre esse tema, deixo o meu e-mail ([email protected]). Terei o maior prazer em corrigir ou acrescentar informações ao que foi escrito. Sempre com o intuito de valorizar o que é nosso e exaltar a longevidade. E ficarei feliz se souber de outras empresas surgidas nessa época e que seguem na labuta. Elas, com certeza, juntamente com a Eny, a Casa Jacob e a Cyrilla são motivo de orgulho para nós santa-marienses.

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